Jantar de Gala na Poisada do Campino!
Todos os dias dou comigo a pensar que tudo isto não é possível... Como é que pode ser? Tu? Não, tu não!
Continuo à espera... À espera que voltes... A toda a hora, dentro de mim tenho uma angústia, uma ansiedade, como têm os que esperam o dia da chegada dos que amam! Como se um dia destes te fosse esperar ao aeroporto... E lá vens tu, sorridente, a olhar para mim! Depois lá volta à minha cabeça a realidade de que não vais voltar... E então espero o dia que serei eu a ir ter contigo! Chamem-me tonta, louca, o que seja, mas não consigo evitar sentir isto! Eu sei, eu sei, não é isso que esperas de mim.
Choro. Choro por saber que faço tudo ao contrário do que tu queres. As lágrimas, a angustia, o desespero, a vontade de não fazer nada, a falta de vontade de comer os nossos petiscos, a recusa de montar a cavalo... Tudo ao contrário! Desculpa! Mas não estou a conseguir. Pela primeira vez não minha vida eu digo: NÃO CONSIGO! Não sem ti...
Sinto-me vencida! A vida venceu-me! E por mais que eu tente, e por mais que enfrente o acordar todos os dias, quando penso no tempo que ainda terei de viver sem ti, é como se o corpo não quisesse reagir, como se essa ideia me esgotasse todas as forças!
Mas prometo-te mais uma vez, bicho, eu não vou desistir! Eu sei aquilo que queres. Aquilo que pensas. Aquilo que queres que eu faça. A toda a hora oiço a tua voz e vejo a tua forma de estar na vida. Afinal, ao fim de tantos anos, de tanto amor, não preciso que me digam o que devo fazer.
E foi por ti que fui ao Jantar de Gala na Poisada do Campino. Só por ti. Porque não quero que te esqueçam. Nunca!
“O ano passado perdemos um amigo. O Edmundo era incansável e deixou saudades”, disse o António José Matos, presidente da Poisada do Campino.
Saudades. Tantas que até me falta o ar!
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